Ela abriu a boca, mas não conseguiu
pronunciar nenhuma palavra. Não conseguiu dizer o que estava pensando. Não
conseguiu falar qualquer tipo de verdade que estava querendo ser expulso coração
afora. E as pessoas a observavam atentamente, procurando qualquer tipo de reação
ou ação. Esperavam ouvir o que queriam, e não o que ela carregava no peito. Queriam
ouvir que o mundo era perfeito e que todas as pessoas eram felizes, mas a
realidade não era aquela, e ela sabia daquilo, e não queria mentir. Não mais
uma vez. Contou uma, duas, três vezes e respirou de novo. Quando enfim, as
palavras saíram de sua boca.
-Podem espalhar placas pelas ruas; “Amor
de graça”. Espalhem, por favor. Ponham na frente de escolas, nas praças públicas,
na porta da prefeitura. “Abraços, não se paga”. –suspirou ela e observou o
rosto de cada pessoa a sua volta. –Não quero mais fingir, nem esconder nada. Não
quero mais viver nesse lugar, onde tudo é cobrado, até mesmo o comportamento de
uma pessoa. Onde um quer comprar o coração do outro com objetos e dinheiro, sem
ao menos se darem conta de que o maior preço a ser pago pelo coração, pelo
amor, é acreditar nele. Acredite no amor, e você estará comprando muito mais do
que catálogos lhe mostram. Não acredite no que a cultura diz. Não acredite no
que você ouve. Acredite em si mesmo, olhe em volta, e veja o que faz o seu
coração sorrir. O resto, é resto. –foi só o que ela disse, antes de virar as
costas e deixar todos para trás com seus pensamentos profundos...
Boa tarde Hellen,
ResponderExcluirGostei muito do seu blog e já estou seguindo, o texto que escreveu é excelente e parabéns e continue assim.
Tenho um blog e lhe convido para conhecer, segue link:
http://devoradordeletras.blogspot.com.br/
Abçs.