terça-feira, 16 de outubro de 2012

Renovo.


E aqui estou eu de novo, apertando a tecla “renovo” na minha vida. Me peguei pensando quantas vezes vou precisar renovar, antes de dar certo. Porque, chega uma hora que a gente se desgasta, não é mesmo? Posso mudar tudo. Posso refazer planos, reconstruir sonhos, mas ainda estarei precisando de um lugar calmo e pessoas verdadeiras. Pessoas com promessas verdadeiras, que tem coragem de tornar tudo realidade. Porque, na verdade, eu cansei de dar o primeiro passo. Porque sempre eu? Porque sempre eu a dar o primeiro passo? As pessoas esperam tanto atitudes, mas não move uma poeira no mesmo sentido. Mas eu espero mudança. Espero poder olhar pela janela e ver um mundo novo. Ver que a chuva cai, e não me machuco ao tocar nela. Ver que o mundo está sorrindo e que as pessoas podem realmente mudar. Ler um livro debaixo de uma árvore, ouvir uma boa música e sorrir ao saber das maravilhas que um Renovo pode fazer. Pessoas novas, atitudes novas, pensamentos novos, novos amores. Ou não... Na verdade, eu não sei. 

domingo, 14 de outubro de 2012

Desisto.


Mas eu desisti. Desisti de tentar ser melhor. Desisti de tentar mostrar que poderia salvar alguma coisa. E olha que eu tentei salvar, hein! Olha que eu tentei salvar a essência, o sentido. Tentei salvar pelo menos o pensamento do que já fomos um dia. Tentei lembrar de todas as promessas, mas não foi preciso, porque elas martelam na minha cabeça noite e dia, jogando na minha cara mais uma vez, que nenhuma delas foram cumpridas. Nenhuma... Mas eu não consegui salvar. Não consegui, e não foi culpa minha. Tentei ser melhor, tentei ser mais do que já fui. Mudei sonhos, refiz planos, mas não deu. Você não permitiu. Não nos permitiu. E então eu me pergunto se as mascaras caíram, ou se você só mudou. Não sei... Deve ter alguma coisa de diferente. Eu estou diferente? O que está diferente? Porque, de uma hora para a outra, tudo está de pernas para o ar, e eu não sei mais onde estou. E todas as cartas, as músicas, as promessas, os sorrisos, as barreiras que derrubamos, foram jogadas ao fogo. E o pior é que eu me queimei na tentativa de salvar alguma coisa. Minhas mãos estão em brasa, e eu estou sem forças para tentar de novo, então, eu só desisto. Desisto, porque enquanto eu tentava recuperar as coisas do fogo, você o aumentava. E pior ainda, aumentava sem ninguém ver. Nem mesmo eu. 


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Não posso mais esconder minha dor.



Mas dói mesmo. E eu posso tentar negar isso. Posso tentar fingir que não está acontecendo nada, e que eu não sinto falta. Posso falar que superei, e que tudo o que aconteceu, não me acrescentou nada, mas sim, faz falta. Faz falta porque já se tornou importante demais, e me sinto impotente ao declarar isso. Sinto que sou fraca, e que tudo o que eu construí um dia, desabou. Porque eu me sentia forte enquanto fingia que estava tudo bem. Me sentia superior enquanto me passava por “a menina que não se importa”. Mas está aí, confessei. Desci do salto e amarrei o cabelo. Tirei a maquiagem e mostrei minhas lágrimas. Não posso mais esconder minha dor atrás de uma falsa felicidade. Mas eu também me preocupo, porque, quando mostramos que estamos fracos e que realmente nos importamos, normalmente as pessoas pisam mais, e eu estou vulnerável agora. Estou desarmada, sem proteção ou amparo. E declaro que estou com medo de ser mais pisada do que já fui. Digo, e repito que pior ainda do que a dor, é aquela que NINGUÉM vê.